Jipeiros questionam uso de ônibus no receptivo de navios em Ilhabela

Cerca de 30 jipeiros de Ilhabela procuraram o vereador Luizinho da Ilha (PCdoB) na manhã desta segunda-feira (17/2) na Câmara para denunciar uma suposta irregularidade na prestação de serviços do receptivo de navios cruzeiro.

De acordo com os profissionais, algumas empresas estariam utilizando ônibus e micro-ônibus para transporte turístico de passageiros, o que seria proibido por Lei, conforme o parágrafo segundo do artigo 3º do Decreto 1995/2009, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados na temporada de receptivos de navios transatlânticos no arquipélago.

Os jipeiros reclamam que com esse tipo de serviço, muitos profissionais ficam com as saídas prejudicadas, como foi o caso desta segunda-feira em que mais de 30 jipeiros estariam parados enquanto os passageiros que desceram do cruzeiro estariam fazendo city-tour por Ilhabela em ônibus e micro-ônibus.

Os profissionais ainda relataram ao vereador que os veículos não têm placas em Ilhabela e que consequentemente não recolhiam impostos no município, como é o caso dos jipeiros cadastrados na cidade. “Muitos de nós dependem exclusivamente desse serviço como fonte de renda. A gente mora aqui, contribui aqui e temos que atender regras e passar por capacitação para trabalhar. Será que essas pessoas que estão trabalhando com os ônibus também passam  por isso?” , questionou Rodrigo Dias de Lima e Silva, um dos jipeiros.

O vereador Prof. Valdir Veríssimo (PPS) estava na Câmara e também se solidarizou com os jipeiros, se comprometendo a assinar junto com o vereador Luizinho da Ilha os requerimentos que vão questionar a Prefeitura sobre o ocorrido.

Os vereadores devem questionar o Executivo para saber se os veículos em questão são alugados ou prestadores de serviço para alguma empresa da cidade e se estariam atuando conforme a legislação vigente.

Além de se comprometer a apresentar requerimentos ao Executivo, Luizinho da Ilha sugeriu aos jipeiros que apresentassem um abaixo assinado na Secretaria de Turismo, com os mesmos questionamentos para que a denúncia possa ser esclarecida.